O Curso de Medicina da URI teve um artigo selecionado e publicado nos anais do IV Congresso do Departamento Universitário da Associação Médica do Rio Grande do Sul. O trabalho, que tem como autora a estudante Rafaella Carlexo e como coautor, o aluno Rafael Vinícius Patzer, trata da Anemia Ferropênica em Idosos, vista com muita frequência entre os idosos. O artigo teve a orientação do professor Luiz Carlos Chicota, que tem pesquisado sobre o assunto a vários anos, tendo sido tema, inclusive, de seu mestrado e doutorado.

O trabalho dos alunos, baseado num caso real, mostrou a necessidade do envolvimento de uma equipe multidisciplinar a fim de tentar proporcionar a melhor terapêutica para promover a saúde de cada paciente. Identificou, ainda, que, dentre as anemias, a ferropênica é considerada a mais prevalente no mundo, sendo o envelhecimento um fator contribuinte para o decréscimo de hemoglobina.

Além disso, está frequentemente associada a doença crônica, sendo assim, a população idosa se encontra vulnerável a esse tipo de desordem fisiológica. Portanto, torna-se fundamental analisar as principais terapêuticas utilizadas para reversão desse quadro, visto que o tratamento no paciente idoso não é completamente elucidado em muitas literaturas referenciais e exige um olhar ampliado.

A partir dessa revisão sistemática, concluiu-se que a terapêutica mais adequada para a anemia ferropriva em idosos, através da análise dos efeitos adversos que a administração oral de ferro, atualmente, é considerada a mais indicada nessa faixa etária.

A anemia ferropriva, apesar de possuir variadas causas fisiopatológicas, comumente é tratada através da reposição de ferro e reversão de sua causa, quando possível. A reposição de ferro pode ser por administração via oral ou intravenosa e, ainda, por meio da transfusão de hemácias que promove uma rápida reversão do quadro. A terapia de administração oral é considerada a primeira escolha de tratamento e pode ser feita através de alimentos ou por suplementação, sendo considerada a mais barata e segura forma de administração. Porém, a reposição nutricional dietética não possui resultados benéficos em idosos pela insuficiente capacidade absortiva do trato gastrointestinal como também a reposição suplementada por medicação inclui efeitos adversos como desconforto abdominal, constipação, vômitos, náuseas, entre outras.