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Em seminário conferencista chama atenção sobre o descaso da ciência no Brasil | | URI Câmpus de Erechim

Em seminário conferencista chama atenção sobre o descaso da ciência no Brasil

28/10/2021 - 420 exibições
   

A Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) realizou nesta quinta-feira, 28, de forma online, o Seminário Institucional de Iniciação Científica, Inovação e Tecnologia, que neste ano está sob a coordenação do câmpus de Erechim. A importância do evento, realizado anualmente pela Universidade, foi destacada pelo coordenador Marcelo Mignoni; pelo Diretor Acadêmico do Câmpus, Adilson Luís Stankiewicz; pela Pró-Reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, Neusa Maria John Scheid; e pelo Reitor Arnaldo Nogaro.
Na abertura do evento, o professor Marcelo Mignoni, coordenador do Seminário, salientou: “Este é um dia de comemoração, pois dois dos pilares que sustentam uma universidade, a pesquisa e a extensão buscam dialogar, crescer e aprender, de forma conjunta, dentro da temática “Ciência 5.0 – Hiperconexões que transformam”, em alusão à sociedade 5.0, que preza pela sustentabilidade, pelas ideias em conjunto e pela inclusão, fatores que dependem única e exclusivamente de nós. Albert Einstein já dizia: “Uma mente que se abre para uma nova ideia, jamais voltará ao tamanho normal”. Esse é o nosso propósito”.
O Diretor Acadêmico, professor Adilson Stankiewicz, destacou o esforço, o empenho e a competência da equipe organizadora: “Estão de parabéns por proporcionarem a concretização de mais um grande projeto da Universidade que é o Seminário Institucional de Iniciação Científica, Inovação e Tecnologia”.
Por outro lado, a Pró-Reitora Neusa Maria John Scheid, salientou que a temática do Seminário mostra como é o trabalho desenvolvido permanentemente na Instituição: “Atuamos e priorizamos sempre pela qualidade, inclusão e sustentabilidade, mas muitos desafios ainda precisam ser superados”, disse.

Por fim, o Reitor Arnaldo Nogaro afirmou que a ciência, no Brasil, vive um impasse, pois não é entendida como uma forma de desenvolvimento do país. “Vivemos um período de obscurantismo e regressão, pois não existe sensibilidade e inteligência para isso”, frisou.

A palestra com a professora Carolina Brito, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apresentou dados concretos do quanto a ciência foi e está sendo importante para o mundo. “A ciência tem sido vital para o desenvolvimento humano, erradicando doenças e aumentando de forma significativa a expectativa de vida”, justificou. “O controle de doenças, a qualidade dos alimentos e da própria água têm sido importante para a redução drástica da mortalidade infantil, entre outras soluções do mundo moderno”, disse a palestrante. “No entanto, aqui no Brasil, estamos andando para trás com a ciência. Os recursos são cada vez mais escassos. Com isso, excelentes profissionais estão deixando o país para dar continuidade em suas pesquisas em outras nações, trazendo consequências à nação”, enfatizou. “No Brasil, estamos investindo em ciência, hoje, menos do que no início do século, o que dá uma dimensão do quadro que estamos enfrentando. Vivemos um verdadeiro apagão da ciência”, revelou. “Não temos a menor noção do quanto a ciência é importante para um país, tanto na prevenção quanto na solução de muitos problemas. O sucesso das vacinas, inclusive contra a COVID-19, é apenas o último e melhor exemplo do quanto a ciência é importante para a vida das pessoas. No entanto, muitas pessoas ainda não acreditam, influenciadas ou não, o que tem causado sérios danos à saúde e milhares de mortes”, concluiu.

 

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