Durante a semana de atividades do CONIGTI(Congresso Internacional de Gestão, Tecnologia e Inovação) foram ofertados vários minicursos aos acadêmicos do Curso de Agronomia, dentre eles o de produção de mudas in vitro de plantas, ministrado pelo professor Paulo Sérgio Gomes da Rocha.
Os participantes tiveram a oportunidade de aprenderem os principais aspectos teóricos das técnicas de micropropagação in vitro (fases da micropropagação, meios de cultura, reguladores de crescimento, entre outros), e também a parte prática como o processo de desinfestação dos explantes e multiplicação in vitro.
De acordo com o professor Paulo Sergio, as plantas podem ser reproduzidas via sexuada e assexuada. Na primeira forma é realizada por meio de sementes e na segunda pelo uso de estruturas vegetativas, como exemplo, segmentos de ramos, estolhos, entre outros. Ainda segundo o professor, culturas como a cana-de-açúcar, batata, morangueiro e a bananeira são exemplos de espécies propagadas assexuadamente.
A reprodução das plantas por estruturas vegetativas pode contribuir para a disseminação de pragas e/ou doenças, principalmente as doenças causadas por vírus. O comprometimento da qualidade fitossanitária das mudas reproduzidas convencionalmente ocorre quando são produzidas a partir de material vegetal oriundo de planta matriz doente ou com praga.
Deste modo, para garantir a o sucesso do pomar ou lavoura, um dos principais pré-requisitos é o uso de mudas ou semente com alta qualidade genética e fitossanitária. Uma das formas de produzir mudas de espécies vegetais com alta qualidade fitossanitária é utilizando as técnicas de micropropagação in vitro.
A micropropagação de plantas está baseada no estabelecimento in vitro do meristema apical em meio de cultura apropriado e do cultivo em ambiente com condições de temperatura e luminosidade controladas. O meio de cultura, geralmente semissólido, é constituído por macro e micronutrientes, sacarose, vitaminas e reguladores de crescimento.