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Lançada a Escola AMAU de Educação e Gestão

26/08/2022 - 301 exibições
   

Com o apoio da URI Erechim, foi lançada nesta quinta-feira, 25, a Escola AMAU de Educação e Gestão, cujas inscrições para o primeiro módulo sobre “Autismo e suas Especificidades - Acolhendo e Incluindo”, abriram nesta sexta-feira, 26. O ato teve lugar no Anfiteatro da Universidade, que ficou completamente lotado por lideranças regionais.

O evento contou com a presença de autoridades, prefeitos da região, assim como secretários municipais de Educação, Saúde e Assistência Social. Também presentes o Diretor-Geral da URI Erechim, parceira e apoiadora do projeto, Paulo Roberto Giollo; a representante do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, Cleonice Pituco; a Coordenadora da 15ª Coordenadoria Regional de Educação, Juliane Bonez; o Coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mario Ceron; representantes da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS); da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e do Centro Universitário Ideau (Unideau); o vice-presidente da Sicredi UniEstados, Luiz Carlos Caramori, entre outros.

Segundo o presidente da AMAU, o prefeito de Getúlio Vargas, Maurício Soligo, a AMAU, enquanto entidade, está em um momento ascendente. Vem se destacando e foi graças ao trabalho que vem realizando é que surgiu a proposta da Escola AMAU de Educação e Gestão. Soligo falou que a ideia surgiu durante a sua participação e do prefeito Beto Albuquerque, de Jacutinga, em Genebra, na Suíça, na Cúpula Mundial da Família, juntamente com outros prefeitos do estado do Paraná, onde se trabalharam o Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e foi criada a Universidade de Prefeitos. “Na ocasião, nós assumimos o compromisso de criar uma escola de educação e gestão. Lançamos a ideia em uma reunião de diretoria e prontamente foi aprovada. Chamamos o pessoal da Educação, a presidente do Conselho Municipal de Secretários Municipais de Educação da AMAU (CONSEME/AMAU), Ducili Rochetti, que reuniu a equipe e estamos lançando hoje a escola”.

Soligo falou que o primeiro tema é o autismo em razão do aumento de casos em todos os municípios. “E nós, como prefeitos, temos que dar uma resposta às demandas que surgem”, afirmou. Segundo ele, serão trabalhadas duas questões: a qualificação dos servidores e o trabalho com as famílias dos autistas. Explicou que o primeiro módulo terá uma carga horária de 36 horas e que a AMAU vai subsidiar as inscrições, que serão limitadas. Ao finalizar, sentenciou: “A Escola da AMAU veio para ficar e para facilitar a vida nos municípios”.

A solenidade contou com o descerramento de uma placa marcando a data histórica para toda a região e para a AMAU e a Aula Magna do Módulo 1, “Autismo e suas Especificidades - Acolhendo e Incluindo”. O ato foi feito pelo presidente da AMAU, Mauricio Soligo; 1º Vice-Presidente, Nilton José Valentini; 2º Vice-Presidente, Claiton dos Santos Brum; Prefeito de Erechim, Paulo Polis, município sede da Escola; Diretor-Geral da URI Erechim, Paulo Roberto Giollo, instituição de ensino parceira e apoiadora do projeto; e a representante do TCE, Cleonice Pituco.

Em seguida, a Secretária de Educação e Cultura de Barão de Cotegipe e presidente do Conselho Municipal de Secretários Municipais de Educação da AMAU (CONSEME), Ducili Rochetti, uma das coordenadoras do projeto, explanou sobre a Escola, especialmente sobre o Módulo “Autismo e suas Especificidades”. Ela falou das profissionais que foram buscadas para integrarem o corpo docente e trazer para a formação questões práticas e os encaminhamentos necessários visando criar um futuro melhor para as crianças. Em seguida, foi reproduzido um vídeo de sensibilização “Autismo, uma realidade”.

O Diretor-Geral da URI Erechim, Paulo Roberto Giollo, falou que como universidade comunitária sempre apoiou as boas iniciativas e não poderia deixar de apoiar a Escola Amau de Educação e Gestão. “Inicialmente, com espaço, mas também poderemos auxiliar com professores e experiências, uma vez que a URI tem, há muito tempo, um trabalho de inclusão” afirmou. Giollo lembrou da presença da URI em Erechim há mais de 50 anos, afirmando que a instituição tem um compromisso: “ajudar no desenvolvimento da região, no desenvolvimento dos jovens e das famílias”.

A Aula Magna, com o tema “Autismo e suas especificidades – Acolhendo e Incluindo”, foi ministrada pelas fonoaudióloga Susan Renata Stroiek; a psicóloga especialista em Autismo, Marciele Ana Devaliere; e a psicopedagoga também especialista em Autismo, Neiva Gorete Sabedot.

Elas abordaram o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) de uma forma simples e didática, informando que a prevalência do autismo no mundo, segundo pesquisa norte-americana, é de 1 para 30. Segundo elas, o autismo não é doença, mas uma deficiência que se reflete na forma como a pessoa vive e se relaciona com o mundo. “Autismo não tem cura, se compreende”, enfatizaram. Conforme falaram, o autismo é um transtorno no desenvolvimento neurológico que gera alterações na capacidade de se relacionar com as pessoas e com o ambiente, trazendo prejuízos significativos: na comunicação, dificuldade ou ausência de interação social e mudanças no comportamento.

Disseram que já no primeiro ano de vida é possível detectar alguns sinais como ausência de contato visual, ausência de balbucio, fala e gestos sociais, não responder pelo nome quando chamado, pouco interesse em compartilhar objetos, falta de reciprocidade social e dificuldades sensoriais. Desde os primeiros meses de vida, os sinais de TEA já podem ser percebidos. No entanto, muitas crianças ainda são diagnosticadas tardiamente, seja por desinformação ou resistência da família e dos médicos. De acordo com as profissionais, existem métodos que estabelecem critérios que facilitam o diagnóstico precoce e o tratamento. “Não existem exames que confirmem o autismo, sendo esse um diagnóstico totalmente clínico feito pela aplicação de protocolos específicos e pela observação da criança”, relataram. Elas também destacaram a importância do papel dos professores, como fundamental para auxiliar na identificação de sinais que possam indicar o autismo.

Reforçaram, ainda, que a criança diagnosticada com TEA necessitará de atendimento especializado/estimulação precoce e que o tratamento intensivo é fundamental para garantir qualidade de vida para a criança e melhores chances de desenvolvimento. Ao finalizarem, afirmaram que o objetivo desse magnífico projeto da AMAU é chamar a atenção para esse tema, cada vez mais presente em nossa sociedade. “Capacitar as equipes na identificação dos sinais para garantir diagnóstico e tratamento corretos e principalmente promover o que é de direito de todos: igualdade, respeito e inclusão”, concluíram.

O evento encerrou com um marcante e emocionante depoimento de uma mãe com um filho autista: Rejane Lazarotto. Ela elogiou a iniciativa da AMAU afirmando como necessária e importante para os autistas e suas famílias.

O 1º Módulo com o tema “Autismo e suas Especificidades - Acolhendo e Incluindo” terá uma carga horária de 36 horas e as inscrições podem ser realizadas na AMAU, com vagas limitadas. O curso é gratuito e as aulas serão ministradas na URI Erechim, a partir de 16 de setembro.

O público-alvo está direcionado para profissionais da educação (diretores, coordenadores, professores, fonoaudiólogas escolares, psicólogas escolares, assistentes sociais escolares) da educação infantil e ensino fundamental anos iniciais.

 

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