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Simpósio de Gestão Ambiental alerta para a conservação das espécies | | URI Câmpus de Erechim

Simpósio de Gestão Ambiental alerta para a conservação das espécies

11/08/2016 - 3572 exibições
   

Teve início nesta quarta-feira, 10, no Salão de Atos da URI Erechim, o IX Simpósio Sul de Gestão e Conservação Ambiental e a XXV Semana Alto Uruguai do Meio Ambiente. Os eventos, promovidos pelos Cursos de Ciências Biológicas Bacharelado e Licenciatura, trazem diferentes perspectivas sobre a conservação da biodiversidade.
De acordo com o professor Luiz Hepp, da organização do evento, “a biodiversidade é responsável direta pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas e fonte primordial para atividades econômicas, englobando atividades agrícolas, pesqueiras, florestais e biotecnológicas, atuando de forma significativa sobre as sociedades e seus diferentes modos de vida”.
A escolha do tema, conforme o professor, foi um resgate do I Simpósio, que aconteceu em 2005. “Naquele ano, por coincidência, também passávamos por turbulências políticas no Congresso Nacional. Da mesma forma, já tínhamos preocupação com problemas socioeconômicos e culturais, associados às questões ambientais. Identificamos, naquela oportunidade, a necessidade de momentos de discussão sobre estratégias conservacionistas, visando à aplicação de uma verdadeira gestão pública e científica voltada a conservação da biodiversidade”, explicou.
A Diretora Acadêmica, professora Elisabete Maria Zanin, observou que, na sociedade contemporânea, a universidade deve ser reconhecida como uma instituição que desempenha importantes papéis para o desenvolvimento humano e regional, principalmente por estar embasada na pesquisa. “Há muito tempo essa instituição pensa, constrói conhecimento e dialoga com a comunidade sobre meio ambiente, conservação ambiental e, consequentemente, a vida. Estamos num momento de estender a mão para se entrelaçar com outras mãos e, na colaboração e na solidariedade, construir o bem comum da ciência para a terra e, consequentemente, para a humanidade”, destacou.
A palestra de abertura foi ministrada pelo professor Carlos Benhur Kasper, da UNIPAMPA, que falou sobre o paradigma da Arca do Milênio, um mito disseminado entre as pessoas em que a maioria acredita que é possível reproduzir as espécies em cativeiro para, posteriormente, devolvê-las à natureza. De acordo com o professor, “é muito difícil conseguir reproduzir um número grande de indivíduos e soltá-los na natureza a ponto de controlar as populações, além de ser caro. É muito melhor procurar salvar as espécies no ambiente onde elas vivem e preservar seus ambientes do que depois tentar remediar”.
Para frear a extinção descontrolada, o professor acredita que a conscientização é a melhor alternativa. “Temos o papel, como educadores, de mostrar para a população que os animais são importantes e devem ficar em seus ambientes naturais. Devemos tentar diminuir a destruição de seus habitats e eliminar a caça destes animais na natureza”, salientou.
A escolha pelo tema da Semana aconteceu em virtude das modificações da paisagem natural por atividades antrópicas, como agricultura, urbanização, construção de reservatórios, entre outras, que têm avançado por largas extensões de terra no planeta, que alteram constantemente as paisagens naturais. Assim, em várias partes do mundo, a destruição e a fragmentação de habitats naturais é muito alta. Essas alterações na paisagem têm chamado a atenção da comunidade científica mundial, que vem estudando formas de conservação dos recursos naturais ainda existentes.
O Simpósio também reservou espaço para a posse dos novos integrantes do Diretório Acadêmico (DA) R. Dawkins. A partir de agora, a presidente Amanda Binotto vai conduzir o Diretório juntamente com os acadêmicos Aghata Artusi, João Andriola, Mayara Breda, Vitórya Barroso, Emanuel Bertol e Poliana Louzada. Nesta edição, o Diretório Acadêmico tem participado ativamente com a produção de vídeos, fotos, cobertura e divulgação do evento nas mídias sociais.