O segundo dia do Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade (CITECS 2025) da URI, realizado na quinta-feira (4), reuniu estudantes, professores, profissionais e representantes de instituições parceiras e abordou o papel da tecnologia, da pesquisa aplicada e da colaboração entre diferentes áreas no desenvolvimento de soluções voltadas à sustentabilidade, em consonância com metas globais. 

A primeira palestra foi ministrada por Lara de Oliveira Bierei, coordenadora de Serviços de Inovação e Tecnologia do Instituto Senai de Tecnologia em Química, que tratou do tema “Inovação para um futuro sustentável”. Ela falou sobre os limites do modelo econômico linear e apontou os eixos estratégicos de transformação digital, transição energética e biotecnologia como caminhos para a economia circular. Lara também apresentou práticas como descarbonização, substituição de matérias-primas por insumos renováveis, eficiência produtiva e valorização de resíduos, enfatizando que até mudanças incrementais podem gerar impactos significativos.

Na sequência, ocorreu a palestra “Sustentabilidade em Ação: O Impacto do ESG”, conduzida por Kelly Roselaine Valadares, do Sebrae-RS. Ela abordou a importância do ESG (conjunto de práticas para avaliar desempenho e impacto em relação a questões de sustentabilidade e responsabilidade) como estratégia de negócios, defendendo autenticidade e resultados comprovados por certificações e contratos. “O mercado não aceita mais apenas declarações, exige provas concretas de sustentabilidade”, afirmou.
Logo após, o público acompanhou a palestra de João Carlos Oleksinski de Andrades, da empresa Libértecce, que falou sobre o “Empreendedorismo de Impacto e Inovação na Prática”. Ele apresentou soluções desenvolvidas a partir da reciclagem de resíduos têxteis sintéticos, como madeira plástica, grânulos para moldagem, filamentos para tecidos e até energia elétrica gerada por gaseificação. “A cada 1000 kg de poliéster reciclado, evitamos a emissão de 9,6 toneladas de CO₂ e economizamos 82.900 litros de água”, afirmou. Ele também apresentou o conceito de “patentes verdes”, mecanismo que possibilita acelerar a proteção de tecnologias sustentáveis no Brasil.