Plano de Ensino

Odontologia

Página do Curso

Plano de Ensino | URI Câmpus de Erechim

PLANO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

ESTÁGIO EM CLÍNICA ODONTOLÓGICA INTEGRADA II

CÓDIGO: 40-781

PRÉ-REQUISITO: 40-775

CARGA HORÁRIA: 90 (Prática: 90)           

Nº DE CRÉDITOS: 06

 

1 EMENTA

Formação do acadêmico de forma cidadã e generalista para a vida profissional e para o trabalho realizado na clínica escola do URICEPP. Realização de exames clínicos e radiográficos e solicitação de exames laboratoriais, quando necessário, para elaboração de diagnóstico e planejamento de tratamentos odontológicos integrando diferentes especialidades. Aprimoramento de habilidades desenvolvidas nas fases iniciais das disciplinas que compõe o estágio em Clínica Odontológica Integrada.  

 

2 OBJETIVO GERAL

Proporcionar ao aluno a oportunidade de adquirir conhecimentos e habilidades para a realização de diagnóstico, planejamento e atendimento clínico, de modo interdisciplinar (Dentística restauradora, Cariologia, Endodontia, Periodontia e Cirurgia Bucomaxilofacial) em Odontologia.

 

3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Aplicar os princípios de exames diagnósticos específicos e de elaboração de plano de tratamento.

- Desenvolver o raciocínio crítico quanto às informações encontradas na literatura, de modo que os alunos possam adquirir a habilidade de reconhecer a validade e a aplicabilidade clínica das mesmas.

- Valorizar a abordagem direcionada ao atendimento das necessidades dos pacientes, de modo a prover aos alunos subsídios para o atendimento de alta qualidade em sistemas de saúde brasileiros.

- Capacitar o aluno a fim de que o mesmo possa justificar a escolha de cada tratamento e executar os procedimentos clínicos diante das necessidades dos pacientes.

 

4 CONTEÚDOS CURRICULARES

  1. Atendimento clínico.
  2. Aprendizagem baseada em problemas por meio de seminários.

 

5 METODOLOGIA

As práticas serão baseadas nos atendimentos clínicos. Os pacientes serão atendidos por duplas de alunos, na clínica escola da URI, na URICEPP.

Apresentação de seminários pelos alunos, onde irão expor os casos clínicos executados ao longo do semestre, e onde serão discutidas as problemáticas inerentes a condução dos atendimentos.

Casos específicos de dificuldades apresentadas pelos alunos em relação a acessibilidade ou dificuldades de aprendizado serão consideradas durante a condução das atividades clínicas. Cada situação será considerada pelo corpo docente e as adequações necessárias para o pleno aproveitamento das atividades por todos os alunos que compõem a turma serão executadas.

Os alunos com dificuldades de aprendizado poderão ser encaminhados à coordenação do curso de Odontologia, a qual irá direcionar o aluno ao serviço do CEAPPI (centro de estudos e acompanhamento psicológico e psicopedagógico). Alunos que declararem-se com deficiência serão direcionados ao Núcleo de acessibilidade da URI.

 

6 AVALIAÇÃO

O processo de avaliação do aluno ocorrerá a partir de seu desempenho CLÍNICO.

As notas práticas diárias serão atribuídas pelos professores em fichas de avaliação preenchidas a cada aula prática, considerando os seguintes critérios:

  1. Pontualidade e assiduidade: Os alunos deverão organizar a estação de atendimento e apresentar-se prontos para iniciar o atendimento no horário previsto para início da aula prática, com tolerância máxima de 10 minutos. É de responsabilidade dos alunos a organização para iniciar os atendimentos no horário adequado. Possíveis faltas deverão ser justificadas aos professores, e os pacientes da dupla deverão ser previamente desmarcados junto a secretaria da clínica escola.
  2. Instrumental: o aluno deverá sempre portar todos os instrumentais e materiais requisitados nas listas de materiais das disciplinas que compõem a clínica Integrada. A mesa clínica deverá estar pronta antes do início do procedimento. A organização e limpeza dos materiais e instrumentais também serão observados.
  3. Planejamento: o correto plano de tratamento deve ser definido na primeira consulta, e a dupla deverá apresentar o planejamento restaurador para cada consulta clínica prevista no plano de tratamento. O planejamento pode ser apresentado por escrito, em forma de roteiro e servirá como um guia durante a execução dos procedimentos em pacientes. Os pacientes poderão ser chamados apenas após a montagem da mesa clínica e apresentação do roteiro/planejamento restaurador referente a sessão clínica em questão.
  4. Habilidade técnica: compreende a condução adequada das etapas do procedimento clínico a ser executado. Não apenas a habilidade manual será avaliada, mas sim a sequência correta de execução dos passos clínicos.
  5. Conhecimento teórico: demonstrado pelo aluno durante o diagnóstico, a execução do plano de tratamento e eventuais questionamentos que os professores farão durante os procedimentos.
  6. Supervisão: compreende a relação de respeito dos alunos para com os pacientes, a anuência dos professores com relação ao plano de tratamento e cada procedimento clínico. O plano deverá ser elaborado pela dupla de alunos e aprovado no mínimo por um dos professores da disciplina. O aluno deve obrigatoriamente mostrar o caso para um dos professores antes do atendimento do dia. Após a finalização do procedimento e antes de liberar o paciente, o professor também deverá ser consultado. O início e/ou a finalização de um atendimento clínico sem a supervisão de um dos professores da disciplina implicará na falta de avaliação do procedimento em questão
  7. Biossegurança: Será observada a limpeza e montagem do box antes do atendimento clínico, conforme as normas da disciplina de Biossegurança, e também o estado em que o box será deixado após a conclusão da atividade. O descarte correto dos resíduos (lixo contaminado e perfuro cortantes) também será um critério de avaliação. Conforme as normas do curso, o aluno deverá utilizar a roupagem orientada pela clínica escola, sapatos fechados e EPI(s). Para atendimento clínico, o paciente deverá receber propés e EPI(s) pelos alunos. A paramentação inadequada poderá implicar no cancelamento da atividade e o aluno receberá nota 0 (zero).
  8. Prontuário: preenchimento correto e legível do prontuário, e solicitação da assinatura de um dos professores da disciplina ao final do procedimento. O aluno também é responsável por encartelar as radiografias com o nome do paciente e a data. Alguns procedimentos clínicos devem ser preenchidos na ficha do CEO, e para isto os professores irão orientar os alunos no primeiro dia de aula.

Possíveis limitações motoras ou de acesso as informações referentes a avaliação clínica diária serão consideradas pelo corpo docente, e adequações no método de avaliação poderão ser executadas conforme a necessidade do aluno.

a. Seminários de casos clínicos: Cada dupla deverá apresentar, em forma de seminários, dois casos clínicos executados nas clínicas ao longo do semestre. O objetivo dessa atividade é posicionar o aluno no centro da construção do conhecimento, a partir da exposição de questões fundamentais no planejamento e execução dos casos clínicos, sempre com o embasamento teórico apropriado. A dupla deverá apresentar o paciente, com informações relevantes a respeito do contexto social ao qual seu paciente está inserido, contextualizando essas informações com o quadro clínico inicial do paciente. Informações a respeito dos diagnósticos do paciente deverão ser apresentadas nesse momento, e com essas informações, a proposição de um completo plano de tratamento. A partir disso, a execução dos procedimentos clínicos deverá ser apresentada. A sequência correta dos passos clínicos, juntamente com as técnicas adequadamente realizadas, deverá ser apresentada. A discussão a respeito do exposto será estimulada, a fim de estimular a construção do conhecimento e do senso crítico dos alunos, principalmente em relação a tomada de decisão clínica.

 

7 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BARATIERI, Luiz Narciso (et al.). Odontologia Restauradora – Fundamentos & Técnicas (Volumes 1 e 2). São Paulo: Santos, 2013.

COHEN, Stephen; HARGREAVES, Kenneth M. (Coord.). Caminhos da polpa. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

LINDHE, J. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

 

8 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CONVISSAR, Robert A. Princípios e práticas do laser na Odontologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

MACHADO, Manoel Eduardo de Lima. Endodontia: da biologia à técnica. São Paulo: Santos, 2009.

OLIVEIRA, José Augusto Gomes Pereira de. Traumatologia bucomaxilofacial e reabilitação morfofuncional. São Paulo: Santos, 2012, 497 p.

REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro D. Materiais Dentários diretos: dos fundamentos à aplicação clínica. São Paulo: Santos, 2007.

WOLF, H. F.; HASSELL, T. M. Manual de periodontia: fundamentos, diagnóstico, prevenção e tratamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. 352 p.