DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DISCIPLINA DE ODONTOPEDIATRIA CÓDIGO: 40-777 PRÉ-REQUISITO: 40-769 CARGA HORÁRIA: 90 (Teórica: 30 / Prática: 60) Nº DE CRÉDITOS: 06
1 EMENTA Introdução ao atendimento do paciente infantil. Estudo dos aspectos psicológicos e comportamentais na infância. Anestesia em odontopediatria. Elaboração de diagnóstico e planejamento. Estudo da doença cárie e aspectos preventivos na infância. Introdução aos procedimentos minimamente invasivos em odontopediatria. Estudo da terapia pulpar em odontopediatria. Desenvolvimento de atividades laboratoriais e clínicas voltadas à odontopediatria.
2 OBJETIVO GERAL Estimular o discente para o desenvolvimento de competências e habilidades, psicomotoras, cognitivas e afetivas, necessárias para a atenção em saúde bucal voltada ao paciente infantil. Capacitar o acadêmico a aprender a aprender, incentivando-o e instruindo-o para a tomada de decisões baseada em evidências científicas. Tornar o aluno capaz de atuar de maneira individual e/ou coletiva em ações de prevenção e promoção de saúde, tanto clínica quanto educativamente, permitindo a avaliação integral do paciente, elaboração de diagnósticos e planejamentos que permitam o restabelecimento e/ou manutenção da saúde bucal, bem-estar e qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos pacientes infantis.
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Capacitar o discente para o reconhecimento e gerenciamento de diferentes comportamentos por meio de medidas psicológicas de manejo do paciente infantil, respeitando suas particularidades, na clínica odontológica; - Promover o desenvolvimento de habilidades psicomotoras e afetivas para o tratamento de pacientes infantis; - Capacitar o discente para a realização de exames de diagnóstico, elaboração de planos de tratamento e a realização de tratamentos operatórios ou não-operatórios, com base na melhor evidência científica disponível. - Proporcionar o conhecimento básico relacionado ao desenvolvimento da dentição decídua e sua avaliação morfofuncional. - Despertar o interesse e promover o estudo da doença Cárie na infância e as diferentes terapias associadas ao planejamento e tratamento da doença e de lesões visando à reabilitação do paciente infantil. - Orientar quanto à busca de informações (teorias) que sirvam de suporte para a tomada de decisões na clínica (prática).
4 CONTEÚDOS CURRICULARES - Psicologia em Odontopediatria; - Anestesiologia em Odontopediatria; - Diagnóstico e plano de tratamento; - Exame radiográfico em Odontopediatria; - Cárie dentária na infância I – epidemiologia, aspectos microbiológicos e imunobiológicos; - Cárie dentária II – diagnóstico da doença cárie e métodos clínicos para detecção de lesões; - Laboratório de diagnóstico de cárie; - Procedimentos preventivos I - Uso do flúor (individual e coletivo); - Procedimentos preventivos II – Uso de selantes: indicações e materiais; - Dentística restauradora – Atuação minimamente invasiva em Odontopediatria; - Laboratório de anatomia de dentes decíduos e ART (aspectos histológicos e morfológicos e anatomia e escultura de incisivos centrais e molares decíduos em ionômero de vidro e resina composta). - Cirurgia em Odontopediatria – exodontia de decíduos; - Terapia pulpar em dentes decíduos I – Remoção seletiva de tecido cariado (RSTC) e pulpotomias; - Terapia pulpar em dentes decíduos II - Tratamento endodôntico; - Laboratório de endodontia em dentes decíduos (demonstração dos passos relacionados à técnica com o uso de dentes decíduos artificiais).
5 METODOLOGIA Para o desenvolvimento de habilidades e competências objetivadas pela disciplina e previstas no PPC do Curso de Odontologia, em conformidade com as DCNs vigentes, serão realizadas aulas teóricas, expositivas e dialogadas, e aulas práticas (atividades laboratoriais, com o uso de manequins, e atendimento clínico à pacientes infantis). Sempre que possível, as aulas teóricas iniciarão com um questionamento aos alunos de forma a despertar neles o interesse pelo estudo do assunto a ser abordado e fazê-los refletir sobre a importância do aprendizado, em questão, para a realidade local onde estão inseridos. Os acadêmicos serão incentivados a participar do desenvolvimento dos conteúdos por meio de questionamentos que os façam retomar e conectar conhecimentos prévios, adquiridos em outras disciplinas ao conhecimento em processo de construção, estimulando a relação teoria-prática. Ao final de cada aula, os principais pontos discutidos deverão ser destacados pelos discentes, possibilitando a avalição em relação ao conhecimento desenvolvido e adquirido. Além disso, também durante o encerramento da aula, além da bibliografia básica, textos complementares serão sugeridos pelo docente. Para a condução das aulas teóricas o docente fará uso de recursos multimídia (data-show) para expor conceitos, imagens e casos clínicos. Como recursos auxiliares, debates e discussões poderão ser propostos, por meio do uso de aplicativos on-line e redes sociais, de forma a despertar o interesse e manter a atenção do aluno na aula. O roteiro das aulas e textos de apoio serão disponibilizados aos discentes, para livre acesso e download durante o período de desenvolvimento da disciplina, semanalmente, via RM Portal. Para as aulas a serem realizadas nos laboratórios de Odontologia do Centro de Estágios e Práticas Profissionais da URI (URICEPP), ao discente, serão disponibilizados casos-clínicos (Problemas) para que esse reflita, pesquise e elabore soluções para cada caso. Essas atividades poderão ser realizadas de forma individual ou em grupos, de acordo com a necessidade de cada aluno. Além disso, de forma a desenvolver habilidades para o tratamento clínico das condições descritas em cada caso, o aluno fará um treinamento prático dos procedimentos necessários, utilizando manequins e/ou dentes artificiais, sob supervisão dos professores da disciplina. Em relação às atividades clínicas, no primeiro contato dos discentes com a clínica de Odontopediatria, os professores os recepcionarão e passarão instruções quanto ao seu funcionamento. Além disso, orientações básicas quanto ao primeiro atendimento ao paciente infantil serão repassadas. Nesse momento os discentes serão estimulados a refletir sobre condutas que poderão ou não ser adotadas para o atendimento do paciente infantil. Neste encontro, ainda, os alunos serão orientados a agendar os pacientes, via RM Portal. Ao longo do semestre, ao final dos atendimentos, será trabalhada a Teoria da Problematização com um tema/problema identificado e sugerido pelo grupo de alunos da turma prática. Após a identificação do problema, tópicos serão elencados sob orientação dos professores da disciplina e um período de tempo será disponibilizado para a teorização (pesquisa) sobre cada item elencado. Até o final do semestre todos os tópicos elencados e pesquisados deverão ser debatidos de forma a refletir sobre a atuação clínica e profissional do acadêmico.
6 AVALIAÇÃO A avaliação dos discentes será baseada no desenvolvimento de habilidades e competências, necessárias para a atuação profissional, registradas por meio do desempenho em provas teóricas (podendo ser objetiva ou dissertativa de forma escrita ou oral) e atividades práticas em laboratório e clínicas (por meio de critérios pré-estabelecidos que serão descritos na sequência) ao longo do semestre. Para a composição numérica da Média Final do discente, será elaborada uma Nota 1 (que compreenderá à média aritmética da nota da primeira avaliação teórica (peso 8,0 + 2,0 de atividade extraclasse) e da nota prática (peso 10,0) referente ao primeiro trimestre do semestre); e uma Nota 2 (correspondendo à média aritmética da segunda avaliação teórica (peso 7,0 + 3,0 da atividade baseada na teoria da Problematização) e da nota prática (peso 10,0) referente ao segundo trimestre). A média aritmética da Nota 1 e Nota 2 resultará na Média Final semestral. A variação possível para a composição de cada avaliação, teórica ou prática, será de 0 (zero) a 10 (dez). As avaliações do discente serão cumulativas, portanto, o conhecimento, tanto nas atividades teóricas, quanto nas práticas, deverá ser utilizado de forma integrada. Em casos de ausência do discente na data prevista para a realização das atividades avaliativas, o aluno terá direito a outro momento de avaliação, mediante apresentação de justificativa plausível, conforme disponibilidades de data e horário, sob aval da Coordenação do Curso. As avaliações serão realizadas semanalmente e para isso o docente deverá avaliar as habilidades e competências dos alunos para a realização das atividades clínicas. Os critérios de avaliação são pré-definidos, estarão dispostos em uma planilha e compreendem os seguintes aspectos:
7 BIBLIOGRAFIA BÁSICA CORRÊA, Maria Salete Nahás Pires; DISSENHA, Rosângela Maria Schitt; WEFFORT, Soo Young Kim. Saúde bucal do bebê ao adolescente: guia de orientação para a gestante, pais, profissionais da saúde e educadores. 2. ed. São Paulo: Santos, 2011. GUEDES-PINTO, Antonio Carlos. Manual de Odontopediatria. 12. ed. São Paulo: Santos, 2012. IMPARATO, José Carlos Pettorossi et al. Odontopediatria: baseada em evidências científicas. São Paulo: Santos, 2010.
8 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BÖNECCKER, Marcelo; GUEDES-PINTO, Antonio Carlos (Coord.). Estética em Odontopediatria: considerações clínicas. São Paulo: Santos, 2011. GUEDES-PINTO, Antonio Carlos. Odontopediatria. 8. ed. São Paulo: Santos, 2010. KRAMER, Paulo Floriani; FELDENS, Carlos Alberto. Traumatismos na dentição decídua: prevenção, diagnóstico e tratamento. São Paulo: Santos, 2005. MCDONALD, Ralph E.; AVERY, David R. Odontopediatria. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. SILVA, Luis Cândido Pinto da; CRUZ, Roberval de Almeida. Odontologia para pacientes com necessidades especiais: protocolos para o atendimento clínico. São Paulo: Santos, 2009. |