Plano de Ensino

Odontologia

Página do Curso

Plano de Ensino | URI Câmpus de Erechim

PLANO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DISCIPLINA DE DENTÍSTICA PREVENTIVA E RESTAURADORA I CÓDIGO: 40-758

PRÉ-REQUISITOS: 40-752, 40-753, 40-754

CARGA HORÁRIA: 90 (Teórica: 30 / Prática: 60)           

Nº DE CRÉDITOS: 06

 

1 EMENTA

Princípios de diagnóstico, plano de tratamento e intervenção clínica restauradora da doença cárie e lesões não cariosas. Execução de exames clínicos e exames complementares, execução de procedimentos restauradores estéticos em dentes anteriores.  

 

2 OBJETIVO GERAL

Possibilitar ao aluno que ele seja capaz de identificar a necessidade do tratamento restaurador e possa planejar e realizar os diferentes tipos de procedimentos restauradores diretos, empregando de maneira correta técnicas de manipulação e inserção dos materiais.

 

3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar a necessidade do tratamento restaurador em dentes anteriores e posteriores;

- Habilitar a realização de procedimentos pré-clínicos, como anamnese, exames clínico e complementares, anestesia e isolamento;

- Capacitar a execução de procedimentos restauradores anteriores e posteriores em pacientes;

- Desenvolver a habilidade psicomotora para execução de tratamentos restauradores diretos de pequena e média complexidade.

 

4 CONTEÚDOS CURRICULARES

1. Proteção do Complexo Dentina Polpa

2. Princípios biomecânicos dos preparos e restaurações:

2.1 - Classe V em resina composta - preparo e restauração

2.2 - Classe III em resina composta - preparo e restauração

3. Anestesia em Dentística Restauradora

4. Oclusão em Dentística.

5. Acabamento e polimento  

5.1 – Restaurações em resina composta

5.2 - Restaurações em amálgama de prata

6. Preenchimento de prontuário e atendimento clínico em Dentística

7. Restaurações com Cimento de Ionômero de Vidro – Aplicações clínicas

8. Etiologia e tratamento de lesões não cariosas

9. Cariologia aplicada à Dentística.

10. Introdução à cor, propriedades ópticas e caracterização.

 

 

5 METODOLOGIA

         As aulas teóricas serão expositivas, apresentadas com o auxílio de recursos audiovisuais. As aulas práticas serão divididas em atividades laboratoriais (exercícios em manequim) e atendimento clínico. Os pacientes serão atendidos por duplas de alunos, na clínica escola da URI, na URICEPP.

         Possíveis dificuldades apresentadas pelos alunos em relação a acessibilidade ou dificuldades de aprendizado serão consideradas durante a condução das aulas teóricas e práticas, considerando cada caso e executando as adequações necessárias para o pleno aproveitamento das atividades por todos os alunos que compõem a turma. Alunos com dificuldades de aprendizado serão encaminhados à coordenação do curso de Odontologia, a qual irá direcionar o aluno ao serviço do CEAPPI (Centro de Estudos e Acompanhamento Psicológico e Psicopedagógico). Alunos que declarem-se com deficiência serão direcionados ao Núcleo de Acessibilidade da URI.

         Para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências necessárias à formação profissional, a disciplina prevê a realização de atividades de integração com o mercado de trabalho, por meio da inserção do acadêmico em vários cenários que possibilitem a aprendizagem juntamente com a problematização e experiências diárias. Além da integração com o mundo do trabalho, requerendo o desenvolvimento da capacidade de aprender, trabalhar em equipes inter ou multidisciplinares, gerenciamento, comunicação, de refletir criticamente e de aprimorar qualidades éticas e humanistas, de compreensão e adaptação à realidade.

         Por meio do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), as quais envolvem sistemas tecnológicos interligados e por meio da qual se armazenam e transmitem informações em formato digital, a disciplina tem utilizado, como sistema de apoio ao ensino e comunicação, o RM Portal e o RM Mobile para disponibilizar aos alunos, de maneira prática e rápida, ementas, conteúdos, apresentações, artigos, trabalhos e links de acesso prático a materiais relevantes para estudo.

 

6 AVALIAÇÃO

          A avaliação dos alunos será baseada em seu desempenho teórico e prático ao longo do semestre. Para isso, será composta uma média semestral na disciplina, a qual será constituída pelas avaliações teórica e prática.  

         A avaliação teórica (Nota 1 no portal RM) será composta pela média aritmética entre 2 (duas) provas durante o semestre (T1, T2), com questões dissertativas e/ou objetivas (incluindo somatórias), com pesos semelhantes: T1 = 10 pontos e T2 = 10 pontos. A nota teórica resultará em uma média entre 0 (zero) a 10 (dez), e será calculada: (T1 + T2) /2. O conteúdo teórico será cumulativo durante o semestre e poderá ser requisitado em todas as provas. Todas as questões deverão ser obrigatoriamente respondidas com caneta e letra legível. Questões respondidas à lápis e/ou ilegíveis serão consideradas erradas (nota = 0). Questões objetivas rasuradas e questões (objetivas ou descritivas) não respondidas também serão anuladas. O aluno que não preencher o campo reservado à sua identificação na prova receberá a nota 0 (zero), independentemente de ter respondido corretamente as questões.

           Em casos de faltas nas datas de realização das provas, o aluno terá direito à prova substitutiva caso apresente justificativa plausível e oficial. A eventual prova substitutiva será realizada em data a ser definida pelos professores conforme a disponibilidade de datas e horários. A justificativa para qualquer falta, em dia de prova ou qualquer outra atividade, deverá ser apresentada para um dos professores da disciplina para análise e para a coordenação do curso.

          Situações específicas onde o aluno apresente dificuldades de acesso as informações presentes na avaliação, dificuldade de entendimento da mesma ou ainda limitações motoras, a prova poderá ser aplicada de modo verbal, onde o professor poderá ditar as questões ao aluno ou apenas ler as questões, a fim de permitir a resolução da avaliação por todos os alunos que compõem a turma. O aluno será encaminhado à coordenação do curso para que possa ser direcionado ao serviço do CEAPPI (centro de estudos e acompanhamento psicológico e psicopedagógico).

          A avaliação PRÁTICA será composta por 2 (duas) notas (P1 e P2) referente ao desempenho do aluno durante as atividades laboratoriais e clínicas.

          P1 representará a nota referente a prova prática, a qual será executada ao final da etapa laboratorial da disciplina. Será realizada uma prova a qual irá simular um atendimento clínico, com a execução completa de um procedimento restaurador. Ao aluno, será exigida a execução clínica completa do procedimento, com avaliações dos diferentes passos executados pelo aluno.

          Se o desempenho do aluno na prova prática for considerado insatisfatório (nota inferior a 7,0), o aluno deverá realizar 4 aulas práticas de reforço em laboratório previamente ao início do atendimento clínico. Essas aulas ocorrerão ao mesmo tempo dos atendimentos clínicos da turma prática do aluno. Nessas aulas práticas, o aluno poderá praticar a execução dos procedimentos clínicos a fim de poder executar tratamentos restauradores em pacientes com segurança. Após as 4 aulas, o aluno então será integrado à rotina clínica normal. O desempenho dos alunos nas aulas de reforço será considerado para o cálculo da segunda nota prática do semestre (P2).

           P2 será determinada pela média das notas diárias clínicas. O atendimento clínico será realizado em dupla (ou individual, em caso de número ímpar de alunos), porém as notas diárias serão individuais para ambos os alunos (OPERADOR e AUXILIAR). O aluno AUXILIAR será avaliado em relação ao interesse durante a clínica. Os alunos deverão escolher suas duplas e o box de trabalho no primeiro dia de aula e mantê-las até o final do semestre. Em casos excepcionais, os professores poderão solicitar a dissolução de algumas duplas e a formação de novas duplas.

          Para que os dois alunos que formam a dupla tenham uma notas práticas suficientes, os mesmos devem se organizar para compartilhar as datas de clínica e os procedimentos. A falta dos pacientes, desde que comprovadamente legítima, não resultará em prejuízo às notas dos alunos. Caso seja comprovada que a falta de pacientes ocorreu por negligência do aluno (não solicitação de paciente para tal data, consulta desmarcado intencionalmente, dentre outras situações), haverá repercussão direta na avaliação do aluno no dia.

           A média PRÁTICA resultará em nota entre 0 (zero) a 10 (dez) e será calculada: (P1 + P2)/2. As avaliações práticas diárias serão anotadas pelos professores em fichas de avaliação, considerando os seguintes critérios:

          • Pontualidade e assiduidade: Os alunos deverão organizar a estação de atendimento e apresentar-se prontos para iniciar o atendimento no horário previsto para início da aula prática, com tolerância máxima de 10 minutos. É de responsabilidade dos alunos a organização para iniciar os atendimentos no horário adequado. Possíveis faltas deverão ser justificadas aos professores, e os pacientes da dupla deverão ser previamente desmarcados junto a secretaria da clínica escola.

          • Instrumental: o aluno deverá sempre portar todos os instrumentais e materiais requisitados na lista da disciplina de Dentística. A mesa clínica deverá estar pronta antes do início do procedimento. A organização e limpeza dos materiais e instrumentais também serão observados.

          • Planejamento: o correto plano de tratamento deve ser definido na primeira consulta, e a dupla deverá apresentar o planejamento restaurador para cada consulta clínica prevista no plano de tratamento. O planejamento pode ser apresentado por escrito, em forma de roteiro e servirá como um guia durante a execução dos procedimentos em pacientes. Os pacientes poderão ser chamados apenas após a montagem da mesa clínica e apresentação do roteiro/planejamento restaurador referente a sessão clínica em questão- Habilidade técnica: compreende a condução adequada das etapas do procedimento restaurador (anestesia, isolamento, colocação de matriz e cunhas, aplicação do sistema adesivo, manipulação e inserção do material restaurador, fotopolimerização adequada).

          • Conhecimento teórico: demonstrado pelo aluno durante o diagnóstico, a execução do plano de tratamento e eventuais questionamentos que os professores farão durante os procedimentos.

          • Supervisão: compreende a relação de respeito dos alunos para com os pacientes, a anuência dos professores com relação ao plano de tratamento e cada procedimento clínico. O plano deverá ser elaborado pela dupla de alunos e aprovado no mínimo por um dos professores da disciplina. O aluno deve obrigatoriamente mostrar o caso para um dos professores antes do atendimento do dia. Após a finalização do procedimento e antes de liberar o paciente, o professor também deverá ser consultado. O início e/ou a finalização de um atendimento clínico sem a supervisão de um dos professores da disciplina implicará na nota prática 0 (zero) da respectiva data.

         • Biossegurança: Será observada a limpeza e montagem do box antes do atendimento clínico, conforme as normas da disciplina de Biossegurança, e também o estado em que o box será deixado após a conclusão da atividade. O descarte correto dos resíduos (lixo contaminado e perfurocortantes) também será um critério de avaliação. Conforme as normas do curso, o aluno deverá utilizar a roupagem orientada pela clínica escola, sapatos fechados e EPI(s). Para atendimento clínico, o paciente deverá receber propés e EPI(s) pelos alunos. A paramentação inadequada poderá implicar no cancelamento da atividade e o aluno receberá nota 0 (zero).

         • Prontuário: preenchimento correto e legível do prontuário, e solicitação da assinatura de um dos professores da disciplina ao final do procedimento. O aluno também é responsável por encartelar as radiografias com o nome do paciente e a data. Alguns procedimentos clínicos devem ser preenchidos na ficha do CEO, e para isto os professores irão orientar os alunos no primeiro dia de aula.

         Possíveis limitações motoras ou de acesso as informações referentes a avaliação prática serão consideradas pelo corpo docente, e adequações no método de avaliação poderão ser executadas conforme a necessidade do aluno.

         O aluno que obtiver média final entre 5 (cinco) e 7 (sete) pontos, ainda terá o direito de realizar o exame, a ser confirmado pela Secretaria Acadêmica do Curso de Odontologia, e seguindo as normas do exame previstas no manual acadêmico. O aluno que não atingir a nota mínima de 5 (cinco) pontos na média final do semestre estará automaticamente reprovado, sem direito à realização de exame.

 

7 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BARATIERI, Luiz Narciso (et al.). Odontologia Restauradora – Fundamentos & Técnicas (Volumes 1 e 2). São Paulo: Santos, 2013.

GARONE NETTO, Narciso (et al.). Introdução à dentística restauradora. São Paulo: Santos, 2003.

MONDELLI, José. Fundamentos de Dentística Operatória. 1, ed. São Paulo: Santos, 2006.

 

8 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BARATIERI, Luiz Narciso (et al.). Caderno de dentística: restaurações adesivas diretas com resinas compostas em dentes anteriores. São Paulo: Santos, 2006.

BARATIERI, Luiz Narciso (Coord.). Visão clínica: casos e soluções. Florianópolis: Ponto, 2010.

GARONE NETTO, Narciso (et al.). Dentística restauradora: restaurações diretas, técnicas, indicações, recursos. São Paulo: Santos, 2003.

HIRATA, Ronaldo. Tips: dicas em Odontologia estética. São Paulo: Artmed, 2011.

REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro D. Materiais Dentários diretos: dos fundamentos à aplicação clínica. São Paulo: Santos, 2007.