DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Disciplina: Internato em Urgência e Emergência Código: 40-650 Carga Horária: 570 horas Teórica: 114 Prática: 456 Número de Créditos: 38 1 EMENTA Anamnese e exame físico para o diagnóstico, tratamento e prognóstico das diferentes situações clínicas e cirúrgicas em Urgência e Emergência. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivos Gerais
- Proporcionar ao aluno a aquisição de conhecimentos teóricos, técnicos e práticos em Urgência e Emergência indispensáveis ao médico generalista.
- Oportunizar treinamento em serviço, por meio do atendimento médico a pacientes em situações de urgência e emergências clínicas, pediátricas e cirúrgicas, traumáticas ou não traumáticas, fundamentado em princípios éticos, legais e humanitários.
- Oportunizar o emprego adequado e criterioso dos exames laboratoriais e de imagem de urgência em atendimento em Pronto Socorro.
- Proporcionar a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas à urgência e emergência.
- Promover a educação permanente e o uso de ferramentas tecnológicas que propiciem a fundamentação da prática médica baseada em evidências científicas.
2.2 Objetivos Específicos Espera-se que esta unidade curricular contribua para a aquisição das seguintes competências, habilidades e atitudes:
- Realizar a entrevista médica e executar com habilidade o exame físico dirigido para as queixas especificas mais comuns em Pronto Socorro.
- Explicar, de modo compreensível e com linguagem acessível ao paciente e/ou seus acompanhantes, os procedimentos a serem executados, demonstrando atenção e respeito.
- Construir a história clínica com base na anamnese e exame físico, desenvolvendo diagnósticos diferenciais para um caso específico.
- Identificar os principais problemas de saúde que requerem assistência ambulatorial e/ou hospitalar, formulando hipóteses diagnósticas e propondo as condutas adequadas.
- Informar ao paciente e/ou aos seus acompanhantes os principais achados e/ou condutas a serem adotadas, os possíveis riscos, custos e benefícios dos exames solicitados.
- Indicar de modo racional a solicitação de exames complementares e correlacionar os achados clínicos-propedêuticos e a situação de urgência e emergência.
- Elaborar o plano terapêutico de urgência e emergência.
- Respeitar a autonomia do paciente e/ou de seus responsáveis, como ser biopsicossocial, considerar seu bem-estar e confidencialidade de suas informações clínicas e/ou cirúrgicas.
- Realizar procedimentos cirúrgicos supervisionados, preparar o campo cirúrgico, manusear instrumentos cirúrgicos básicos e preparar-se para o ato cirúrgico.
- Elaborar e registrar de forma organizada e efetiva a história, a evolução clínica e o plano terapêutico no prontuário médico, ambulatorial ou hospitalar, preencher registros médicos (formulários de pedidos de exames, encaminhamentos e notificações), bem como relatórios de alta hospitalar, transferências ou óbito.
- Encorajar o paciente e/ou seus familiares a participar das decisões de modo compartilhado.
- Comunicar aos familiares e pacientes todas as informações, incluindo notícias sobre prognóstico, risco de morte, estado de saúde-doença.
- Utilizar estratégias de aconselhamento e de comunicação de más notícias.
- Demonstrar postura crítica, reflexiva e senso de responsabilidade profissional e social, reconhecendo a importância das ações socioeducativas e políticas.
- Conhecer a legislação e demonstrar compromisso com as responsabilidades profissionais.
- Diagnosticar situações que caracterizam abusos e maus tratos e fazer encaminhamentos pertinentes.
- Aplicar princípios e valores que orientam a relação do médico com pacientes, alunos, colegas e pessoas vulneráveis.
- Relacionar-se adequadamente com a equipe de trabalho, constituída pelos professores, tutores, colegas, residentes, setores administrativos, alunos e profissionais de outras áreas, bem como com os profissionais da rede de saúde que participem direta ou indiretamente da simulação ou do atendimento ao paciente.
- Demostrarpostura acadêmica e de liderança nos diversos ambientes de formação (laboratórios de habilidades/simulações, ambulatórios, enfermarias, bloco cirúrgico), adotando as normas de biossegurança, princípios morais, éticos e legais inerentes ao procedimento e ambiente em que se encontra.
- Socializar, de modo organizado e fundamentado, casos clínicos reais ou simulados, com vistas ao desenvolvimento da argumentação, discussões e análise de opiniões, inclusive de alunos e profissionais de outras áreas.
3 PROGRAMA Distribuição dos estágios: Cada aluno realizará três meses de estágio em serviço de Urgência e Emergência. Neste período os alunos serão divididos em grupos para o atendimento inicial ao paciente e sala de observação. Atividades Práticas 1. Ações em serviço de Urgência e Emergência 2. Ações em sala de observação Atividades Teóricas 1. Reunião conjunta dos Serviços de Urgência e Emergência, Radiologia, Intensivismo e Cirurgia. 2. Seminários sobre temas básicos de Medicina, Clínica de Urgência e Emergência e Cirurgia do Trauma. Conteúdo do Programa Teórico
- Síndromes Coronarianas Agudas
- Emergências Hipertensivas
- Edema Agudo Pulmonar
- Arritmias Cardíacas
- Atendimento inicial ao paciente grave
- Atendimento inicial ao politraumatizado
- Hemorragia digestiva
- Reanimação cardiopulmonar e cerebral
- Insuficiência Respiratória Aguda
- Princípios Básicos da Ventilação Mecânica
- Coma
- Acidente Vascular Cerebral
- Estado de Mal Epiléptico
- Intubação endotraqueal
- Cricotireidectomia
- Toracocentese de emergência
- Pericardiocentese de emergência
- Acesso venoso profundo
Estágio Eletivo em Urgência e Emergência Dois meses na área de Urgência e Emergência. Atividades teórico-práticas conjuntas com o estágio obrigatório. 4 METODOLOGIA Aulas teóricas expositivas dialogadas, com abordagem de temas relevantes à área de urgência e emergência, com a utilização de mídia digital. Aulas práticas em subgrupos, desenvolvidas no centro de simulações e habilidades da URI, no contexto ambulatorial e hospitalar. As aulas que ocorrem no centro de simulação priorizam o treinamento para desenvolver habilidades na realização dos principais procedimentos de urgência e emergência, mediante modelos e simulação de alta fidelidade. O atendimento ambulatorial, no pronto socorro e a nível hospitalar é realizado pelos alunos internos, sob supervisão do professor/preceptor. Há discussão dos casos atendidos, com proposição de condutas. Estudos de caso, discussões em grupo e seminários são estratégias metodológicas priorizadas nesta unidade curricular. 5 AVALIAÇÃO As avaliações têm caráter formativo, somativo e diagnóstico. A avaliação formativa, decorre da observação diária do desempenho dos alunos nas atividades práticas assistenciais e feedback dos atendimentos em urgência e emergência realizados. A avaliação somativa ocorre por meio de avaliações teóricas e/ou práticas, mediante apresentações dos casos clínico-cirúrgicos e seminários. A avaliação diagnóstica embasa-se na demonstração da aquisição das competências, habilidades e atitudes inerentes aos objetivos do internato. 6 BIBLIOGRAFIA BÁSICA DINIZ, D. B.; Zambon L.S.; MARTINS, H. S.; SCALABRINI NETO, Augusto; VELASCO, Irineu Tadeu. Fundamentos de Emergências Clínicas. 1ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. MARTINS, H. S. (Org.); BRANDAO NETO, R. A. (Org.); SCALABRININETO, A (Org.); VELASCO, Irineu Tadeu (Org.). Emergências Clínicas - Abordagem Prática. 7ª. ed. São Paulo: Manole, 2012. SCALABRINI NETO, Augusto; DIAS, R. D.; VELASCO, Irineu Tadeu. Procedimentos em Emergências. 1ª. ed. São Paulo: Manole, 2012. 7 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AEHLERT, Bárbara. ACLS: Emergências em Cardiologia: um guia para estudo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. BONOW, Robert O. et al. Braunwald – Tratado de Doenças Cardiovasculares. 2v. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. CASTILHO, Euclides Ayres de., CERRI, Giovanni Guido; WEN,, Chao Lung. Clínica Médica. São Paulo; Manole, 2009. COELHO, Júlio Cesar Uili. Manual de Clínica Cirúrgica: Cirurgia Geral e Especialidades. São Paulo: Atheneu, 2009. GOLDMAN, Lee., AUSIELLO, Dennis., Ed. Cecil: Tratado de Medicina Interna. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. SCHWARTZ, Seymour I., MORTON, John H. Princípios de cirurgia. 7.ed. São Paulo: Revinter, 2003.
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