Plano de Ensino

Medicina

Página do Curso

Plano de Ensino | URI Câmpus de Erechim

PLANO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Disciplina: Imersão SUS – Saúde da Família/Gestão II

Código: 40-621

Carga Horária: 90 horas Teórica: --- Prática: 90

Número de Créditos: 06

 

1 EMENTA

Planejamento, avaliação e monitoramento em saúde. Processo de trabalho médico na gestão da APS. Insumos, materiais, fluxogramas de referência e contra referência na APS. Vigilância em Saúde. Tecnologias médicas. Direito à saúde. Sujeito do cuidado e Saúde Coletiva. Território em saúde. Educação popular e educação permanente em saúde. Clínica ampliada. Projeto terapêutico singular. Controle Social. Política Nacional de Humanização. Saúde do Trabalhador. Investigação médica nos serviços de saúde. Clínica médica na APS.

 

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

  • Oportunizar aos acadêmicos a compreensão da gestão na atenção primária à saúde.
  • Proporcionar vivências na rede de atenção à saúde/gestão, com vistas a observação, problematização, teorização, análise e avaliação das situações de saúde, com enfoque na gestão.
  • Facilitar o processo de aquisição de conhecimentos, competências, habilidades, atitudes e valores dos acadêmicos por meio de vivências na saúde pública/gestão e relação com os conteúdos curriculares do semestre.

 

2.2 Objetivos Específicos

Nesta disciplina, espera-se que o aluno adquira habilidades e competências para:

  • Conhecer mecanismos de atuação e integração das Vigilâncias para problematizar as competências do trabalho médico no contexto.
  • Identificar problemáticas comunitárias que demandem olhares interdisciplinares promovendo sua resolução e intensificando a conduta ética médica como orientadora do processo.
  • Produzir/construir/desenvolver mecanismos de ação para a introdução do olhar médico na gestão e gerência dos espaços e serviços de saúde, otimizando a inclusão de conteúdos apreendidos e dinamizados.
  • Conduzir processos de aprendizagem nas equipes de saúde, com destaque para a atuação médica, no que diz respeito a processos de trabalho na Estratégia Saúde da Família.
  • Compreender atividades gerenciais gerais relacionadas a insumos, materiais, gestão de pessoas e processos e conformação da identidade médica na APS.
  • Reconhecer medicamentos, exames, fluxos de encaminhamentos, registros médicos atinentes à APS.
  • Ter autonomia científica, intelectual e ética para assumir papel ativo em sua formação.
  • Construir conhecimentos, desenvolver competências e habilidades, e assumir atitudes e valores a partir do confronto com a realidade de inserção e atuação dos futuros profissionais médicos.

 

3 CONTEÚDO CURRICULAR

Planejamento, Avaliação e monitoramento em saúde.

Processo de Trabalho Médico na Gestão da APS.

Insumos, materiais, fluxogramas de referência e contra referência na APS; Tecnologias Médicas.

Direito à Saúde; Acesso aos serviços de saúde por meio do profissional médico; Igualdade de acesso, equidade.

Sujeito do Cuidado e Saúde Coletiva.

Território em Saúde (Milton Santos); território e população.

Educação Popular e Educação Permanente em saúde.

Clínica Ampliada; Projeto terapêutico singular; Controle Social; Política Nacional de Humanização; Saúde do Trabalhador.

Investigação Médica nos serviços de saúde.

Clínica Médica na APS.

 

4 METODOLOGIA

A metodologia utilizada é interacionista-problematizadora, utilizando-se a metodologia da problematização como desencadeadora do processo de aprendizagem. A disciplina é desenvolvida a partir de vivências nos cenários de práticas (atenção básica/gestão), discussão nos grupos tutoriais e socialização das vivências, tendo-se tutores e docentes como mediadores do processo de aquisição do conhecimento. Seu desenvolvimento está centrado na observação, na análise, no aprender a pensar, no diálogo, na reflexão, na capacidade de criar hipóteses e testá-las com base no conhecimento prévio e/ou apoiado nos conteúdos curriculares do semestre e/ou em novas descobertas. A socialização das vivências é apresentada sob a forma de seminário integrado.

 

5 AVALIAÇÃO

A avaliação do desempenho dos alunos se dá permanentemente, nos cenários de práticas, no tutoriais, nos seminários integrados e nas atividades teóricas. Está pautada na capacidade do grupo em problematizar, teorizar, hipotetizar e apresentar soluções ao problema identificado e, na apresentação dos seminários temáticos durante o semestre. Após cada seminário temático, são aplicados pós-testes, a todos os acadêmicos, como critério de avaliação semanal. São realizadas também provas teóricas semestrais. As avaliações têm caráter formativo, somativo e diagnóstico. A avaliação formativa objetiva identificar avanços e limitações dos alunos, orientando-os aos ajustes necessários durante o semestre (feedback). A avaliação somativa, ocorre por meio de avaliações teóricas e pós-testes e a avaliação diagnóstica embasa-se na demonstração da aquisição das competências, habilidades e atitudes inerentes aos objetivos da disciplina.

 

6 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BERZINS, Marilia Viana; BORGES, Maria Cláudia. Políticas Públicas para um país que envelhece. São Paulo: Martinari, 2012.

CAMPOS, G.W.S. Clínica e Saúde Coletiva Compartilhadas: Teoria Paidéa e Reformulação Ampliada do Trabalho em Saúde. In: CAMPOS, G.W.S & outros (org). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec, 2012.

PAULINO, Ivan; BEDIN, Lívia Perasol; PAULINO, Lívia Valle. Estratégia Saúde da família. São Paulo: Ícone, 2013.

 

7 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CANGUILHEM, Georges. Lo normal y lo patológico. Siglo XXI, 1986.

CORDOBA, Elisabete. SUS e ESF: sistema único de saúde e estratégia saúde da família. São Paulo: Rideel, 2013.

JEKEL, James F; ELMORE, Joann G.; KATZ, David L. Epidemiologia, bioestatística e medicina preventiva. Porto Alegre: Artmed, 2005, 2002.

MELMAN, Jonas. Família e doença mental: repensando a relação entre profissionais de saúde e familiares. São Paulo: Escrituras, 2008, 2002.

SANTOS, Milton Almeida; DE SOUZA, Maria Adélia Aparecida. Território brasileiro: usos e abusos. São Paulo: Edições Territorial, 2003.

 

8 ARTIGOS COMPLEMENTARES

ALMEIDA FILHO, Naomar; DAVID, Luis; AYRES, José Ricardo. Riesgo: concepto básico de la epidemiología. Salud colectiva, v. 5, n. 3, p. 323-344, 2009.

SANTOS A.L., & RIGOTTO, R.M. Território e Territoriarização: incorporando as relações de produção, trabalho, ambiente, saúde na atenção básica em saúde. In: Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v8 n.3, p 387-406, nov.2010 /fev.2011.

VASCONCELOS, E. M. Educação Popular e pesquisa-ação como instrumentos de reorientação da prática médica. Mimeo. Disponível em:  http://168.96.200.17/ar/libros/anped/0620T.PD