Plano de Ensino

Medicina

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Plano de Ensino | URI Câmpus de Erechim

PLANO DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Disciplina: Imersão SUS – Atenção Secundária I

Código: 40-628

Carga Horária: 90 horas Teórica: --- Prática: 90

Número de Créditos: 06

 

1 EMENTA

Estatuto da Criança e do Adolescente. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente. Integralidade e Média Complexidade no SUS. Grupos de procedimentos especializados na Média Complexidade. Rede de Urgência e Emergência e Atenção Psicossocial na Média Complexidade. Rede de Internações e Saúde Suplementar no SUS. Integração médico/paciente na média complexidade. Infecções sexualmente transmissíveis. Gravidez na adolescência. Clínica médica na média complexidade.

 

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

  • Oportunizar aos acadêmicos a compreensão da atenção secundária à saúde.
  • Proporcionar vivências na rede de atenção secundária à saúde, com vistas a observação, problematização, teorização, análise e avaliação das situações de saúde.
  • Facilitar o processo de aquisição de conhecimentos, competências, habilidades, atitudes e valores dos acadêmicos por meio de vivências na saúde pública e relação com os conteúdos curriculares do semestre.

 

2.2 Objetivos Específicos

Nesta disciplina, espera-se que o aluno adquira habilidades e competências para:

  • Relacionar características da APS com propostas de compreensão da média complexidade, incluindo ações e intervenções médicas para referência e contra referência no sistema.
  • Resgatar conceitos de integralidade para compreensão do fluxo dos usuários no contexto do Sistema de Atenção à Saúde Brasileiro.
  • Racionalizar acerca das principais características de crianças e adolescentes na média complexidade e as vulnerabilidades associadas.
  • Identificar a estrutura da rede de média complexidade observando ações e serviços dispostos; compreender a lógica da especialização e a utilização de recursos tecnológicos para ação diagnóstica e tratamento.
  • Apreender sobre os procedimentos especializados realizados por profissionais médicos e equipes multiprofissionais (atenção especial para crianças e adolescentes).
  • Inserção do acadêmico de medicina em cenário de práticas de média complexidade visando o aperfeiçoamento clínico, crítico e estratégico.
  • Visualizar o conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, priorizando a longitudinalidade da assistência e o princípio da integralidade do cuidado.
  • Conhecer a rede de média complexidade como uma organização sistêmica com enfoque poliárquico e planejado.
  • Reconhecer mecanismos da rede de urgência e emergência, atenção psicossocial, cirurgias e atendimentos realizados na média complexidade do SUS.
  • Identificar aptidões da conduta médica na média complexidade e oportunizar o raciocínio clínico, registros médicos e comunicação oral e escrita.
  • Ter autonomia científica, intelectual e ética para assumir papel ativo em sua formação.
  • Construir conhecimentos, desenvolver competências e habilidades, e assumir atitudes e valores a partir do confronto com a realidade de inserção e atuação dos futuros profissionais médicos.

 

3 CONTEÚDO CURRICULAR

Estudos sobre Estatuto da Criança e do Adolescente; Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente.

Integralidade e Média Complexidade no SUS.

Grupos de procedimentos especializados na Média Complexidade.

Rede de Urgência e Emergência e Atenção Psicossocial na Média Complexidade.

Rede de Internações e Saúde Suplementar no SUS.

Integração Médico/Paciente na Média Complexidade.

Infecções sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência.

Clínica Médica na Média Complexidade.

 

4 METODOLOGIA

A metodologia utilizada é interacionista-problematizadora, utilizando-se a metodologia da problematização como desencadeadora do processo de aprendizagem. A disciplina é desenvolvida a partir de vivências nos cenários de práticas (atenção secundária), discussão nos grupos tutoriais e socialização das vivências, tendo-se tutores e docentes como mediadores do processo de aquisição do conhecimento. Seu desenvolvimento está centrado na observação, na análise, no aprender a pensar, no diálogo, na reflexão, na capacidade de criar hipóteses e testá-las com base no conhecimento prévio e/ou apoiado nos conteúdos curriculares do semestre e/ou em novas descobertas. A socialização das vivências é apresentada sob a forma de seminário integrado.

 

5 AVALIAÇÃO

A avaliação do desempenho dos alunos se dá permanentemente, nos cenários de práticas, no tutoriais, nos seminários integrados e nas atividades teóricas. Está pautada na capacidade do grupo em problematizar, teorizar, hipotetizar e apresentar soluções ao problema identificado e, na apresentação dos seminários temáticos durante o semestre. Após cada seminário temático, são aplicados pós-testes, a todos os acadêmicos, como critério de avaliação semanal. São realizadas também provas teóricas semestrais. As avaliações têm caráter formativo, somativo e diagnóstico. A avaliação formativa objetiva identificar avanços e limitações dos alunos, orientando-os aos ajustes necessários durante o semestre (feedback). A avaliação somativa, ocorre por meio de avaliações teóricas e pós-testes e a avaliação diagnóstica embasa-se na demonstração da aquisição das competências, habilidades e atitudes inerentes aos objetivos da disciplina.

 

6 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CAMPOS, G.W.S. Um método para análise e co-gestão de coletivos: a constituição do sujeito, a produção de valor de uso e a democracia em instituições: o método da roda. São Paulo: Hucitec, 2000.

CUNHA, Paulo César Melo. A regulação jurídica da saúde suplementar no Brasil. São Paulo: Editora Lumen Juris, 2003.

CURY, Munir. Estatuto da criança e do adolescente comentado: comentários jurídicos e sociais. 12. ed. Rio de Janeiro: Malheiros, 2013.

 

7 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BERGERON, J. D. et al. Primeiros socorros. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às urgências. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

BASAGLIA, Franco. A instituição negada: relato de um hospital psiquiátrico. 3. ed. In: A instituição negada: relato de um hospital psiquiátrico. 2ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1991.

LEAL, Marta Miranda; SAITO, Maria Ignez; SILVA, Luiz Eduardo Vargas da. Adolescência: prevenção e risco. São Paulo, Atheneu, 2001.

SILVA PEREIRA, Tânia. Direito da criança e do adolescente: uma proposta interdisciplinar. São Paulo: Renovar, 1996, 2008.

 

8 ARTIGOS COMPLEMENTARES

AMARANTE, Paulo; TORRE, Eduardo Henrique Guimarães. A constituição de novas práticas no campo da Atenção Psicossocial: análise de dois projetos pioneiros na Reforma Psiquiátrica no Brasil. Saúde em debate, v. 25, n. 58, p. 26-34, Rio de Janeiro, 2001.

MARCELINO NASCIMENTO, Adail Afrânio et al. Regulação em Saúde: aplicabilidade para concretização do Pacto de Gestão do SUS. Cogitare Enfermagem, v. 14, n. 2, Curitiba, 2009.

SCHWARTZ, Talita Dourado et al. Ciência & Saúde Coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, p. 2145-2154, Rio de Janeiro, 2010.